Vulcanização da borracha

Vulcanização da borracha
Publicado em 25 de setembro de 2014

Látex é extraído da Seringueira (Foto: PhotoXpress)

Raquel Moreira Maduro de Carvalho: Química, Mestre e Doutora em Engenharia Química. Professora dos cursos de Engenharia Química e Engenharia Ambiental da Univiçosa

A borracha natural começou a ter destaque no Século XVI, quando os exploradores espanhóis observaram que os índios sul-americanos tinham contato com esse produto. Os índios a chamavam de látex, extraída da Hevea brasiliensis, popularmente conhecida como seringueira.

Inicialmente, a borracha de látex era mais utilizada na produção de botas, na Inglaterra. Porém, as botas ficavam rígidas no inverno e moles no verão, além de liberarem odores indesejáveis em um curto período de tempo, tornando-se inviável. No entanto, despertou interesse de pesquisadores para compreender as propriedades da borracha natural e posteriormente para uma possível melhora e consequente aplicação eficaz.

A borracha natural é um polímero do isopreno (hidrocarboneto alqueno) que possui isomeria Z. Após anos de pesquisa, Goodyear, em 1839, descobriu o processo de vulcanização, ou seja, em temperaturas, tempo e quantidade de enxofre ideais obteve-se uma borracha elástica e não pegajosa como a natural, mais resistente e podendo ser esticada reversivelmente. Nesse processo, o enxofre se adiciona às ligações duplas do polímero isopreno formando ligações entre as cadeias poliméricas. Esse novo produto foi denominado elastômero.

O processo de vulcanização teve um impacto imenso sobre o desenvolvimento da indústria da borracha. Sabe-se que hoje o processo possui catalisadores para acelerar a reação, já que a original era lenta.


Fonte: https://www.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/0f620c52-5354-470d-830b-458b23cdc375