Rômulo Ribon abriu a temporada 2017 do Ciclo de Palestras do UniNea. Tema abordou ética e questão ambiental
Mateus Vieira com Rômulo Ribon, antes da palestra
“Nas instituições de ensino e pesquisa, como a Univiçosa, nós devemos usar os dados que a ciência nos proporciona, as informações de que dispomos, para agir localmente, para damos nossa contribuição para a conservação e a preservação do planeta. Mais importante é a ação local”. A declaração é do Professor Rômulo Ribon, e foi dada ontem (28) minutos antes de falar a um grupo de estudantes da Univiçosa no Ciclo de Palestras do UniNea (Núcleo de Educação Ambiental da Univiçosa). A palestra “A Ética da Terra e a Nossa Situação Ambiental” — uma reflexão sobre o capítulo mais conhecido da obra de Aldo Leopold “A Ética da Terra”, a mais conceituada obra sobre as questões ambientais dos últimos tempos — marcou a abertura do Ciclo em 2017 e reuniu mais de 100 alunos de diversos cursos às 19h, na sala 213 da Unidade 1.
Na abertura, o Diretor Administrativo-Financeiro da Univiçosa, Professor Mateus Mendonça Vieira, disse que esses eventos são vistos por alguns apenas como oportunidade para acumular horas em atividades extracurriculares, mas a grande maioria participa em busca de novos conhecimentos. “A questão ambiental deve ocupar o centro das nossas preocupações e das nossas ações no dia a dia. A Univiçosa acredita nisso e tem uma programação de qualidade para o ano todo, através do UniNea. Palestras como essa de hoje, com o Professor Rômulo, devem ser aproveitadas ao máximo”.
Depois de apresentado pela Coordenadora do UniNea, Professora Sandra Libanio, o Professor Rômulo Ribon estimulou o público a importantes reflexões sobre a importância da ação local para atingir grandes objetivos.
“Podemos nos mobilizar por questões nacionais e internacionais, mas não podemos nos esquecer de que, se quisermos realmente mudar o mundo, pra valer, temos que mudar nossa comunidade. Esse senso de responsabilidade local é muito importante, não apenas no discurso, mas em termos de ações práticas da pessoa como indivíduo ou associada a outras pessoas para exigir dos governantes, do poder público, que a situação ambiental melhore no município”.
Sobre a importância de falar ao público estudantil universitário, Rômulo Ribon afirmou que “essa geração é a que vai cuidar do mundo daqui a poucos anos. Se a gente não passar essa mensagem de responsabilidade ambiental pra essa geração ficará um vazio de pessoas para tomar a frente. A forma que eu tenho de ver o mundo hoje é muito diferente da forma que eu tinha de ver o mundo quando eu era estudante. É extremamente importante tocar o coração dos estudantes no sentido de que eles podem fazer, e que o mundo é muito mais do que a questão econômica”.
Clique aqui e ouça a entrevista na íntegra.
O Professor Rômulo Ribon é graduado em Ciências Biológicas, Mestre e Doutor em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre pela Universidade Federal de Minas Gerais; fez estágio pós-doutoral no Departamento de Florestas e Ecologia de Vida Silvestre (Forest & Wildlife Ecology), Universidade de Wisconsin, Madison, Wisconsin, EUA; é Professor do Departamento de Biologia Animal (graduação e pós-graduação) da Universidade Federal de Viçosa, onde coordena o Laboratório de Ornitologia; além de consultor na área de impactos e gerenciamento ambiental em mineração, irrigação, hidrelétricas e outros segmentos; membro da Sociedade Brasileira de Ornitologia, The American Ornithologists Union, The Association of Field Ornithologists e The Wildlife Conservation Society; idealizou o AMEVIÇOSA e foi o tradutor do filme e do livro de Aldo Leopold “A Sand County Almanac”.
Rômulo Ribon com Sandra Libanio
Mais de 100 alunos assistiram à palestra